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2 de set. de 2025
Apple vai matar o gclid no Safari: o que isso muda no rastreamento de campanhas (e como se preparar)
A nova atualização do Safari remove parâmetros como gclid e fbclid, impactando o rastreamento de conversões no Google Ads e GA4. Veja como se preparar com server-side tagging e preservar suas campanhas.
A partir de Setembro de 2025, a Apple lançará uma mudança importante no Safari que remove parâmetros de rastreamento de cliques, como gclid, fbclid, msclkid, twclid e outros. Isso impacta diretamente o rastreamento de conversões do Google Ads, Meta Ads e outras plataformas, especialmente se você depende desses identificadores para atribuição correta no GA4 ou no próprio Ads.
O que o Safari vai bloquear?
A mudança é parte da iniciativa ATFP (Advanced Tracking and Fingerprinting Protection), que será implementada nas próximas versões do Safari (tanto desktop quanto iOS/macOS):
Link Tracking Protection: Remove automaticamente parâmetros de rastreamento em todas as sessões (não só no modo privado).
Advanced Fingerprinting Protection: Reduz a singularidade dos dispositivos, dificultando a identificação de usuários com base em fingerprinting.
Quais parâmetros serão removidos?
gclid (Google Ads)
fbclid (Facebook/Meta Ads)
msclkid (Microsoft Ads)
twclid (Twitter Ads)
Outros parâmetros comumente usados para rastreamento de cliques
Qual o problema disso para quem usa Google Ads e GA4?
Sem o gclid, o Google Ads perde a capacidade de:
Atribuir conversões corretamente aos cliques pagos
Usar modelos de atribuição baseados em dados
Alimentar públicos de remarketing e algoritmos de lances automáticos
Trazer dados de conversão em tempo real
No GA4, as sessões passam a ser classificadas como:
Tráfego direto (caso não haja outro referenciador)
Tráfego não atribuído corretamente
Conversões perdidas ou mal atribuídas
Como se preparar: 3 soluções recomendadas
1. Use rastreamento Server-side com Google Tag Manager
A maneira mais robusta de contornar a perda de parâmetros é capturá-los no servidor, antes que o navegador (Safari) os remova.
Como fazer:
Ative o GTM server-side e configure o template “Query Replacer”.
Crie uma variável alternativa (ex: qwerty={{gclid}}) nas suas URLs de destino.
No servidor, substitua qwerty de volta por gclid antes que os dados sejam enviados ao GA4 ou Ads.
Corrija o page_location no servidor para que o Conversion Linker funcione corretamente.
2. Crie variáveis alternativas para parâmetros de rastreamento
Mesmo sem usar GTM server-side, você pode atenuar o problema renomeando o parâmetro gclid para algo menos visado, como haranid, glid ou cid.
No GA4, use o lookup table para transformar esse parâmetro alternativo de volta em gclid.
Essa abordagem não garante que o Ads receba corretamente as conversões. Idealmente, combine com server-side tagging.
👉 Explicação técnica – BBCCSS.com
3. Use modelos de atribuição alternativos (quando possível)
Se você perder o gclid, mas ainda tiver UTMs e parâmetros de campanha corretos, pode continuar medindo performance usando:
UTMs tradicionais (utm_source, utm_medium, utm_campaign)
Modelos de atribuição por URL (como redirecionamento com parâmetros)
Monitoramento de eventos com event_id e event_name
Mas atenção: sem gclid, as conversões não aparecem corretamente no painel do Google Ads.
Conclusão: o rastreamento mudou (de novo)
A Apple está apertando o cerco contra rastreamento baseado em cliques e fingerprints. Isso exige uma mudança de postura:
De client-side para server-side
De rastreamento visível para modelos mais discretos
De dependência cega de Ads para estruturas combinadas com GA4, BigQuery e soluções próprias
Precisa de ajuda?
A Ad Rock já está implementando rastreamento server-side para clientes que usam Google Ads e GA4. Se você quiser garantir que os dados continuem fluindo mesmo com as mudanças do Safari e futuros bloqueios de navegadores, fale com a gente.