Artigo
19 de out. de 2025
Tradução resumida & reorganizada de “The Great GEO Grift”
Author: Rafael Lins
Explore por que o conceito de GEO (Generative Engine Optimization) está sendo vendido como solução mágica. Saiba onde estão os exageros, o que já é SEO disfarçado e como proteger sua estratégia de marketing digital.
Versão traduzida (resumo adaptado)
Título original: The Great GEO (Generative Engine Optimization) Grift
Autor: David McSweeney
O artigo argumenta que o conceito de GEO (Generative Engine Optimization) é vendido como algo novo, mas que:
Não é originalmente novo
Pode ser um desperdício de tempo
É, às vezes, um desperdício de dinheiro
Está “poluindo” a web
Pode até prejudicar quem aposta cegamente nessa narrativa
Ele apresenta críticas estruturadas aos argumentos “evangelistas do GEO”, especialmente nas táticas que eles classificam como exclusivas (como “otimização para crawling de IA”, “prompts como palavras-chave”, “visibilidade de prompts” etc.), apontando que muitas dessas ideias já fazem parte do SEO clássico ou são exageros técnicos.
Alguns destaques das seções:
Táticas GEO vs SEO: muitas das “táticas GEO” são essencialmente boas práticas de SEO adaptadas ao contexto de IA — schema, conteúdo original, intenção de usuário, engajamento fora do site etc.
Crawling por IA / bots generativos: o autor reconhece que alguns cuidados técnicos fazem sentido, mas sustenta que não justificam uma nova disciplina separada.
Ferramentas de “visibilidade de prompt” e rastreadores de GEO são criticadas por terem amostras pequenas e prometerem mais do que entregam.
Ele alerta que empresas que investem pesado em GEO podem acabar com portfólios de conteúdo frágil: “listicles” automáticos, spam de marca, automações excessivas — e isso pode gerar penalizações ou queda de reputação.
Mesmo discordando de muitos insights do “movimento GEO”, ele reconhece que algumas práticas — especialmente as que reforçam evidência, autoridade e estrutura de conteúdo — podem evoluir para adicionar valor em contextos generativos, mas não em substituição ao SEO tradicional.
No final, ele conclui que o GEO pode ser visto como um subconjunto ou extensão do SEO, não um novo paradigma que elimina o SEO convencional. E enfatiza: se você não aparece bem no SEO tradicional, dificilmente terá presença em motores de IA ou assistentes.
Introdução: o que está em jogo
Nos últimos meses, vemos cada vez mais afirmativas como “GEO vai substituir SEO” ou “agora você só precisa escrever para IA”. Mas será que essas promessas se sustentam tecnicamente?
Como bem apontou David McSweeney em The Great GEO Grift, muitas das táticas vendidas como revolucionárias são versões remodeladas do SEO tradicional — com hype extra de “IA”.
Neste post, vamos dissecar o mito do GEO, mostrar as sobreposições com SEO e ajudar você a distinguir o que vale investir de fato.
1. GEO não é algo totalmente novo — é adaptação
Quando vemos “otimização para IA”, “conteúdo liftable”, “prompt maps”, “visibilidade de prompt” — quase tudo isso tem raízes no SEO técnico, estrutura de conteúdo e estratégias de autoridade que já existiam.
Por exemplo:
Ideia GEO comum | Corresponde a qual prática SEO tradicional |
|---|---|
Schema / dados estruturados para IA | Schema.org já usado para SEO e rich snippets |
Estruturar conteúdo em blocos “prontos para citar” | Boas práticas de formatação e uso de listas/TL;DR |
Engajamento social como evidência | Relações de autoridade e menções no off-site |
Monitoramento de IA / visibilidade de prompts | Monitoramento de rank / logs / métricas de tráfego |
Nessas comparações, percebemos que o que muitos vendem como “novo” é, na prática, uma evolução incremental com nomes novos.
2. Promessas exageradas: onde o hype ultrapassa a técnica
Um dos alvos da crítica são as ferramentas que prometem “monitorar seu desempenho em prompts” ou “aumentar visibilidade em motores de IA”, baseadas em amostras pequenas ou execuções pontuais.
O risco:
Você paga por algo que não escala ou que serve a poucas consultas
Os ganhos podem ser temporários ou instáveis
Pode gerar conteúdo pobre, publicado em massa (listicles automáticos etc.), o que pode prejudicar sua reputação
Algumas ferramentas vendem “rastreamento de prompt” como se fossem dashboards de SEO — mas muitas simplesmente simulam poucos prompts e extrapolam resultados com pouca base real.
3. Quando GEO pode agregar de fato
Apesar das exagerações, há casos em que práticas associadas ao GEO têm valor real:
Governança de evidências: garantir que fatos, estatísticas, tabelas e dados estejam atualizados e organizados para que assistentes citem corretamente
Estrutura de conteúdo otimizada para citações: blocos de “fatos rápidos”, tabelas de comparação e perfis de entidades
Uso de multimídia bem formatada: com transcrições, timestamps consistentes e metadados alinhados
Distribuição de citações confiáveis: garantir que fontes externas citem seus dados de forma coerente (citações unlinked, co-citações etc.)
Nessas frentes, o GEO pode ser um complemento ao SEO, mas nunca seu substituto.
4. O perigo de mergulhar sem cautela
Empresas que apostam cegamente no hype correm riscos:
Acúmulo de conteúdo pouco consistente ou automatizado
Penalidades manuais ou flutuações em rank por práticas agressivas
Dependência de métricas efêmeras de “visibilidade de prompt” — instáveis e desconectadas de resultados reais
Se o investidor ou gestor vê relatórios que mostram “aumentamos visibilidade de prompt em 100%”, mas não houve aumento de vendas ou leads, isso pode mascarar um fracasso estratégico.
5. Como navegar esse ecossistema de forma inteligente
Aqui vão algumas recomendações para quem quer aproveitar o que o GEO oferece, sem cair nas armadilhas:
Use GEO como complemento, não como substituto ao SEO
Priorize qualidade, estrutura e autoridade antes de experimentar táticas emergentes
Teste ferramentas e medições em paralelo ao seu ciclo de SEO tradicional
Foque em provas verificáveis (dados, citações, resultados) e evite produzir conteúdo “para IA” sem propósito real
Monitore performance real de conversão, não apenas métricas de “visibilidade”
Conclusão
GEO pode oferecer ideias interessantes para adaptar SEO à era generativa, mas a narrativa de que ele substituirá o SEO convencional é exagerada.
A verdadeira vantagem está em combinar práticas tradicionais (qualidade, autoridade, estrutura) com otimizações voltadas a IA, sem perder o foco nos resultados de marketing.
Fontes e posts relacionados
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